SINAIS CLÍNICOS DA VERMINOSE
OQUE A PAPEIRA CAUSA NO ANIMAL ?
SINAIS CLÍNICOS
O sinal que mais chama a atenção é uma inflamação de aspecto mole, como uma bolsa de água sob a pele, abaixo da mandíbula, denominada papeira.
Vem acompanhada de uma anemia severa, perda de peso e apetite, fadiga e no pior dos casos, morte.
A papeira apresenta no animal sintomas de fraqueza, devido ao Haemonchus consumir seu sangue aos poucos, também acaba criando hemorragia interna. O animal vai ficando cada vez mais fraco, sua mucosa vai ficando esbranquiçada, fica com fadiga, seu peso vai diminuindo, e o animal perde total apetite.
O parasita tem duas fases no animal , aguda e crônica, na fase aguda o animal começa a ter uma anemia, branqueamento da mucosa, catarro, desidratação, retardo de desenvolvimento (caso o animal seja recém nascido), fezes líquida, pastosa ou secas. Na fase crônica, período mais avançado dos sintomas, onde sua famacha (nome da análise de mucosa) já se encontra entre 3 e 4, observa-se a papeira mais aparente na mandíbula e bem inchado seu rosto, emagrecimento severo, forte anemia e animal completamente fraco, a diarreia pode aparecer ou não em verminoses crônicas, variam de acordo com a verminose.
PRINCIPAIS MANEIRAS DE ANALISAR OS SINTOMAS
FAMACHA
O método Famacha (Faffa Malan Chart) foi desenvolvido na África do Sul pelo Dr. François Malan, um médico veterinário especializado em parasitologia animal. A famacha é a maneira mais utilizada de ver se o animal está com anemia. Sendo uma análise feita sobre a mucosa, onde você pressiona a parte de cima do olho do animal e puxa a parte de baixo para que a mucosa apareça, e conforme o nível de vermelhidão da mucosa, consegue-se ver se o animal está com anemia ou não.
Conforme a tabela ao lado mostra, quanto mais vermelho, melhor, e mais saudável o animal está. Sendo divida em 5 graus, sendo grau 1 e 2 estados saudáveis para o animal onde não há nenhum sinal de anemia ou necessidade de medicar o animal.
No grau 3 o animal e dado como suspeita de anemia, onde a mucosa começa a ficar esbranquiçada, nesse estado recomenda-se que se aplique desverminante ao animal, como, por exemplo, Ripercol, um dos anti-helmínticos mais utilizados dentre os produtores de ovinos, também pode-se usar Vitagold como suplementação que ajuda o animal a se fortalecer novamente, caso esteja fraco.
No estagio 4 o animal se encontra em um estado grave da doença, com a mucosa bem esbranquiçada, nesse caso é recomendado dar um anti-helmíntico para o tratamento da verminose no animal o suplemento vitamínico e as vacinas de ferro, B12, vitamina K.
No grau 5 o animal já esta praticamente tomado pela verminose e sua chance de sobrevivência é praticamente zero, sua mucosa se encontra totalmente esbranquiçada, e ele esta totalmente fraco e debilitado, nesse caso além de ter que aplicar todos os medicamentos já citados, o animal deve ser separado em um local fechado com água, comida e algumas lâmpadas de escamoteador ao redor para mantê-lo aquecido, assim, com o corpo quente seu sistema imunológico consegue combater a verminose de melhor maneira fazendo com que suas chances de sobrevivência aumentem.
Um ponto bom a se abordar é que o anti-helmíntico utilizado varia na questão de eficácia de acordo o sistema imunológico do animal, afinal, utilizar o mesmo remédio por muito tempo pode acabar fazendo a verminose criar uma resistência a ela. Por este motivo, é indicado que pelo menos uma vez ao ano o produtor realize a analise de OPG (ovos por grama de fezes). Nesta analise o produtor deve coletar algumas fezes de seus animais e mandar para um laboratório especializado, onde será analisado qual anti-helmíntico / vermífugo tem menor eficácia a verminose e qual é mais eficaz para o seu rebanho.
ESCORE CORPORAL
O escore corporal é uma maneira de analisar se seu animal está abaixo ou acima do peso, entre a última costela e os ossos do quadril de cada ovino, passe a mão sobre a região da coluna e do lombo. Os "processos transversos", que são as saliências ósseas de cada lado de cada vértebra, e os "processos espinhosos", que são a parte da coluna que aponta para cima, estão cobertos por gordura. A condição corporal é menor quando o osso é mais visível. Lembre-se de que a lanosidade do osso é determinada pelo músculo ou gordura, não pela densidade da lã.
O escore corporal é divido em 5 estágios, sendo 1 e 2 estados onde o animal esta muito abaixo do peso ideal, entre 3 e 4 um peso adequado para o animal e 5 um estado onde o animal esta a cima do peso ou obeso.
1.0 - A vértebra e a coluna parecerão proeminentes e afiadas. Você pode sentir e empurrar os dedos abaixo de cada um com facilidade. O lombo será afundado e raso, com pouca gordura.
2.0 - A coluna ainda será visível, mas será mais suave, com cada vértebra dobrada abaixo da gordura e do músculo. Com pouca pressão, você ainda pode pressionar os dedos abaixo dos processos transversais. O lombo é de profundidade moderada, mas não tem muita gordura.
3.0 - O osso posterior de cada vértebra será arredondado e liso. A única maneira de sentir o osso é aplicando pressão. Para sentir o final da vértebra, será necessária uma pressão forte. O lombo tem um pouco de cobertura e é cheio de gordura
4.0 - Você não pode sentir as extremidades de cada vértebra, e o osso posterior da coluna só pode ser identificado como uma linha. O lombo é arredondado e cheio de gordura.
5.0 - Você não sentirá nenhuma parte da coluna, mesmo sob pressão. As camadas de gordura podem ter uma covinha onde a vértebra deveria estar. O lombo é repleto de gordura grossa.